sábado, 20 de outubro de 2007

Máscara

Ela tenta disfarçar a palidez da face com maquiagem. Blush. Rosa. Tenta, inutilmente, simular ares de verão na pele que começa a descolorir sob o céu cinza do outono. A decisão de escurecer os cabelos na última meia hora a deixara ainda mais branca. Ela (quase) se arrepende. Nos lábios quase incolores uma leve camada de batom cor-de-boca-como-dita-a-moda-na-revista e outra de gloss (diz a mesma revista que os faz parecer mais carnudos). O que fazer com a tristeza dos olhos? O espelho não responde. Ela desiste e vai dormir.

domingo, 7 de outubro de 2007

É assim e pronto


Eu acredito em contos de fada. E ponto final. É meu carma. Eu acredito que, se estiver em perigo, você virá num cavalo branco (OK, não necessariamente num eqüino alvo de raça nobre. Pode vir do jeito que quiser) pra me salvar. Eu acredito que, de repente, você vai me abraçar e, em seguida, me girar no ar, como num final feliz de uma fábula. Eu acredito que ouvirei 'eu te amo' 24 horas. Eu acredito em tragédias com reviravoltas espetaculares, exatamente como nos livros. Eu acredito no jogo de contente da Pollyana (Sim, eu acredito piamente num clássico infanto-juvenil de 1913 escrito por uma novelista norte-americana careta). Eu acredito, eu acredito, eu acredito.

And life goes on...

- Vamo pular?
- Ah, não sei. E se machucar?
- Que nada. É muito bom, você vai ver.

(Extraído da descrição da comunidade Rompante)