segunda-feira, 30 de julho de 2007

Click!

Quero registrar tudo.
Não tenho câmera fotográfica.
Mas (quase) confio na seleção natural da minha memória.

.... E espero nunca ter Mal de Alzheimer.

domingo, 29 de julho de 2007

Adição



Bonecas + cataventos + guarda-sol + Itália = eu feliz

Verborragia

Às vezes palavras saltam da minha boca como pop-ups sem filtro de firewall....

terça-feira, 17 de julho de 2007

Mulher maravilha

Mulher maravilha deixou cair a tiara que usava como bumerangue e nunca mais encontrou... Perdeu um dos braceletes que desviavam todos os projéteis e raios que por ventura ameaçassem atingi-la. E, como um não funciona sem outro, acabou por jogar o segundo no lixo. Lançou de cima da montanha o laço mágico inquebrável que fazia com que as pessoas dissessem a verdade... E vive muito mais feliz assim....

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Alice perdida

Pouca luz, quase penumbra. Gente, de toda sorte (ou azar?). Lâmpadas, poucas. Caixas de som, volume máximo. Para se ouvir e fazer ser ouvido, quase grita-se. Não quero falar. Tampouco ouvir. Quero me enfiar no túnel atrás do Coelho Branco. Beber do líquido proibido. Achar a chave dourada. Tomar chá com a Lebre Maluca e o Chapeleiro Louco. E mais tarde, quem sabe, jogar crocket com a Rainha de Copas.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Omo

Dias pretos, brancos e cinzas. Jim Jarmusch na tela. Radiohead no Ipod. Conversas curtas. Rotina na mesa do café da manhã. Diálogos (e monólogos) surrealistas na cama antes de dormir. Pouco dinheiro na carteira. Pouca mudança por fora. Muita por dentro. Conselhos de quem nunca se esperou ouvir. Turbilhão de pensamentos. Como máquina de lavar girando, girando, girando... Sairá minha alma limpa, cheirosa e branquinha? Ou com alguns buracos como costuma fazer a máquina de lavar daqui de casa?


Grau

De mansinho ele tenta aparecer, penetrar nas densas nuvens que cobrem o céu a três semanas. Majestoso, o astro-rei faz movimentos quase sensuais. Provoca-me. Alguns raios refletem na minha pele, que pouco conserva do dourado de outrora (conquistado a duras penas durante três décadas na terra brasilis).

O espetáculo dura pouco. Olho pela janela. Os transeuntes abrigam-se em casacos. Desisto de esperar outra manifestação tão mágica. Visto o meu casaco também e vou ao supermercado.


terça-feira, 10 de julho de 2007

Cisto

Talvez minha irmã esteja certa: Quem mandou estudar e ler tanto desde criancinha? De tanto pensar o tal cisto* pode ter surgido no cérebro. Revolta da massa cinzenta contra a alma, que pulsa 24 horas. A razão combatendo a emoção ou o contrário'

Dia chuvoso novamente. Manhã livre. Casa = leitura (em excesso, talvez. Mas existiria excesso para essa atividades. Pode ser. Afinal, ele existe para tudo), roupas pra lavar, seleção de matérias para o próximo semestre na universidade. Tentativas de contato por telefone. Mal-sucedidas. Ah, e o primeiro texto pra esse blog-diário - que evitei durante anos. Tarde com compromisso agendado às 2. Noite com convite pra jantar. Confirmado. Quinze para as 7. Nem idéia de onde fica a casa do anfitrião. Whatever... Só preciso lembrar de comprar uma garrafa de vinho.

Os sinos soam (mas que outro barulho poderiam fazer se são sinos?). Gosto do som. Perfeito e harmônico contraste com o silêncio cinza da cidade. Fora os sinos não há ruído algum. Apenas dos meus dedos contra as teclas do computador. E do leite fervendo para o capuccino. Talvez do hard disc do computador também. Meus ouvidos estão ficando apurados. Ou chatos (?).

Quero levantar dessa cadeira, te dar um beijo, pegar o primeiro trem da estação, dançar ballet, cantar bem alto uma música dos Beatles, ganhar asas - nem que fosse somente hoje pra poder voar o dia de hoje. Voltar cansada, te dar outro beijo e dormir em paz.

* Redondo, 2 centímetros de diâmetro. Para visualizá-lo encoste os dois dedos indicadores logo acima das orelhas, traçando uma linha imaginária horizontal na sua cabeça. Em seguida, faça o mesmo com um dedo logo abaixo do queixo e o outro no meio da cabeça. Imagine outra linha, dessa vez vertical. Una as duas. Na intersecção está lá o tal carocinho.